FÓRUM - DISPOSITIVOS MÓVEIS


 

17 comentários:

  1. Importante ter uma ideia de Aprendizagem Ubiqua:

    http://www.seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/3446/3010

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    1. Os smartphones fazem parte do nosso cotidiano, vão conosco para todos os lugares, já se tornaram quase uma espécie de extensão do nosso corpo, devido a sua capacidade de agregar uma série de ferramentas que utilizamos para realizar atividades que vão desde o entretenimento ao uso para tarefas domesticas, financeiras e profissionais.


      É absolutamente comum o uso de smartphones em sala de aula, bem como, escutarmos as reclamações de muitos professores acerca do seu uso no ambiente de sala de aula. Dentro desse discurso temos visto no Brasil o crescente números de leis que visam proibirem esses aparelhos em sala de aula, como se o mesmo fosse culpado pelo desinteresse dos alunos frente as suas atividades ou em relação a figura do professor.


      Diariamente tenho convivido com o uso dessas tecnologias e percebido como as mesmas também são utilizadas pelos alunos na condição de ferramenta a serviço da aprendizagem. É notável que esses aparelhinhos têm feito às vezes de caderno (usa-se para fotografar a lousa e para gravar áudios e vídeos das aulas), do próprio livro didático e mecanismo de pesquisa, servido para registar os acontecimentos em sala de aula e da escola como todo, além de instrumento de interação social.


      O mundo a nossa volta é digital, virtual e interativo. E nós na condição de escola desejamos prender os nossos alunos a tecnologias analógicas e desinteressantes para os mesmos. Se antes parecia-me estranho ter que dividir espaço com essa tecnologia, hoje apenas me desagrada o seu uso para filmar as minhas aulas, ou gravar áudio sem a minha devida autorização. Mas, já compreendo que o aluno escolha fotografar a lousa a passar o tempo copiando no caderno.


      É preciso que a escola repense sua postura frente as tecnologias digitais e o seu uso como ferramenta capaz de mediar o processo de aprendizagem, pois, como já foi dito pela filosofa Hannah Arendt, tudo que o homem cria, passa a fazer parte da sua condição humana.

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  3. Segundo uma pesquisa divulgada no ano passado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em 2014, 79% dos alunos de escolas públicas acessavam a rede pelo celular. Nas particulares, o índice subia para 84%. No entanto, ainda persiste na maioria das escolas, a proibição do uso dos celulares em sala de aula. Tornando-se um ambiente distinto daquele ao qual o aluno está inserido, contribuindo para que a escola torne-se repulsiva para os alunos. É importante que tanto a escola, quanto o professor desenvolvam métodos de ensino flexíveis, adaptando a aula conforme as necessidades de cada estudante, permitindo que eles tenham autonomia para conduzir o seu próprio aprendizado. Com isso, o ensino fica centralizado no estudante e o educador assume mais o papel de mediador da aprendizagem. È necessário, porém, usos e concepções diversas em relação ao novo, como também objetivos concretos ao utilizá-lo como prática pedagógica inovadora. E essas mudanças devem partir do professor para que os discentes passem também a enxergar os smartphones ou outros itens, como objetos propícios à aprendizagem, lazer, viagem, diversão e conhecimento.

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  4. Acredito que as proibições não resolvem o problema. Também concordo que os smartphones não podem ser utilizados de forma indevida nos horários das aulas. Acredito que se faz necessário uma negociação, além do professor incorporar essas tecnologias as suas intervenções pedagógicas.

    Segue uma matérias da Revista Nova Escola super legal para pensarmos esse assunto: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/209/celular-liberadosem-conseguir-conter-o-uso-dos-smartphones-em-sala-326798-1.asp

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  5. Acredito que a relação tensa que existe entre os estudantes e as escolas, por conta do (não)uso dos dispositivos móveis em sala de aula, precisa ser repensada. Quando a escola desconsidera os aspectos pedagógicos e colaborativos envolvidos nessa relação, exime-se de seu papel de participar ativamente no desenvolvimento motor, cognitivo e social dos alunos.

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  6. Com o advento da sociedade da informação e da sociedade em rede, o avanço da tecnologia especialmente no tocante às mídias digitais muito presente no mundo contemporâneo, perceptível especialmente em aparatos tecnológicos móveis, possibilitou o surgimento concomitante de aplicativos e acessórios variados, os quais vêm alterando o comportamento do indivíduo diante das imagens, implementando formas diferenciadas de leitura que os sujeitos praticam no cotidiano, bem como a produção de sentidos e desenvolvimento de habilidades cognitivas para atuar no ciberespaço - comportamento que se estende também ao âmbito escolar.
    Sabendo que a sociedade contemporânea necessita de escolas menos sistemáticas, normatizadoras e mais “antenadas” às transformações do mundo atual, a experiência social e cultural do ato de ver as imagens, bem como a compreensão delas como eixo de articulação de significados e sentidos sobre os modos de vermos e atuarmos no mundo, requer que a escola insira essa discussão no currículo e possa elaborar, junto aos seus pares, propostas que lidem de forma crítica e criativa com as representações visuais.


    Camila Heveline

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  7. É válido ressaltar que, em virtude da globalização, houve uma marcante revolução tecnológica a qual transformou comportamentos e as formas de se comunicar por intermédio de uma mutação de relações sociais, exigindo, assim, que o mundo reconfigurasse e recontextualizasse as práticas discursivas organizadas em redes que, na contemporaneidade, têm o desafio de proporcionar um elo comunicativo com sujeitos distintos, pertencentes a espaços geográficos e culturas diversas, muito atuante em mundos digitais, numa velocidade alucinante. Xavier (2005, p. 135) afirma que:

    Ser letrado digital pressupõe assumir mudanças nos modos de ler e escrever os códigos e sinais verbais e não-verbais, como imagens e desenhos, se compararmos às formas de leitura e escrita feitas no livro, até porque o suporte sobre o qual estão os textos digitais é a tela, também digital.

    Tais transformações instituíram outras perspectivas discursivas que se tornaram muito comuns no infindável espaço cibernético, inclusive com a utilização de smartphones. No âmbito familiar, a democratização da utilização de mídias digitais impactou significativamente nas práticas discursivas dos sujeitos envolvidos, o que ocasionou a inserção de crianças, jovens e adultos no mundo digital, cujos hábitos, eles também levam consigo ara outros espaços, especialmente a escola, local que ainda não lida muito bem com a infinidade de possibilidades pedagógicas das hipermídias.

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  8. Entre professores, é muito comum que as discussões sobre o uso dos celulares por adolescentes sejam marcadas por uma polarização das ideias: contra – a favor; bom – ruim; certo – errado; etc...
    Para além dos dualismos e extremismos, o fato é que o uso de instrumentos (tomado numa perspectiva antropológica) sempre (re)organizou a forma de relacionamento dos humanos entre si e com o meio que os rodeia. Foi assim com o domínio do fogo, ainda na pré-história e com a popularização da imprensa (que desencadeou o que Santaella (2012) chamou de hegemonia gutemberguiana).
    Enfim, a revolução digital trouxe para o nosso tempo novas formas de produzir e interagir que já fazem parte do cotidiano. Neste cenário, a escola é uma das instituições que mais sente as tensões geradas pela revolução digital, porque foi pensada não para gerar efetivamente o conhecimento e favorecer o desenvolvimento pleno dos alunos, mas para controlar e moldar pessoas (Lembremo-nos de Althusser, o filósofo francês que cunhou o termo “Aparelho Ideológico do Estado). Tudo em relação ao tempo e ao espaço é controlado na escola. Os celulares e outros gadgets revolucionam a maneira como interagimos no tempo e no espaço, com uma aversão clara a controles e imposição de limites. Estamos vivendo novos tempos, outras formas de ensinar e aprender já começam a ser construídas e há muito espaço para as tecnologias digitais.

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  9. Moran (2013), discorre sobre a integração das Mídias Digitais aos processos de ensino e aprendizagem podem contribuir para que o professor contribua para estimular a curiosidade do aluno para que este queira conhecer, pesquisar, buscar as informações mais relevantes na realização de uma dada atividade. Assim, recursos como o smartphones, o Tablets podem viabilizar trabalhos com WebQuest (orientação pesquisa), Blog para socialização de trabalhos realizados, Fóruns de discussão, etc.

    São muitos os recursos disponíveis nas mídias móveis que podem contribuir no trabalho do professor para potencializar a colaboração, a interação, a participação e a construção criativa. Dentre os recursos, ressalta-se câmeras e editores de vídeo, com interfaces simples para produção e edição de vídeos e imagens, editores de mapas conceituais, álbuns, etc através da integração de imagem, áudio, texto e audiovisual.

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  10. As escolas públicas já dispõem de várias tecnologias em seu acervo patrimonial, porém a capacidade de apropriação destes aparatos tecnológicos, pelo professor, ainda é incipiente. Nesse sentido, as tecnologias móveis, podem se constituir numa tecnologia convidativa para que os professores possam aprender através da tecnologia e com a tecnologia, conforme categorização elaborada por Fernando Costa (2004) sobre os diferentes tipos de uso dos aparatos tecnológicos em educação: aprender a partir da tecnologia; aprender acerca da tecnologia; aprender através da tecnologia; aprender com a tecnologia.

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  11. Eu penso que a escola, o professor tem muitas vezes esquecido que toda e qualquer tecnologia que a escola tenha acesso e que as crianças conheçam ou mostre interesse, e que possa ser utilizada como mediadora no processo de ensino e da aprendizagem deve ser incorporada no nosso planejamento. Dessa forma creio que o professor e a escola também precisam fazer o movimento de busca, de conhecer o funcionamento e as possibilidades desses instrumentos tecnológicos.

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  12. Me preocupa a resistência com que a escola trata o uso dos dispositivos moveis como material de aprendizagem. Essa concepção muitas vezes influência o o discurso de professores e alunos.
    Percebo que as escolas não estão preparadas para investir nessa modalidade de aprendizagem tecnológica. Seja por limites na formação dos docentes e gestores, seja por limites impostos pelo uso das novas tecnologias.
    Acredito que essa limitação deve ser pauta tanto das formações de professores quanto das discussões pedagógicas da escola, para que todos esses dispositivos e tecnologias possa inundar o interesse de nossos estudantes e garantir a aprendizagem que esperamos.

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  13. Pensar na possibilidade de manter aulas online, utilizar dispositivos móveis para preparar e executar atividades depende muito das crenças do professor. As possibilidades são muitas e a criatividade é um fator primordial, haja vista a formação do professor, em grade maioria, não permitir conhecimento suficiente para atuar com segurança sem sentir-se pressionado acreditando estar perdendo tempo.
    Percebendo o potencial metodológico, entendendo que este é um conhecimento válido, o professor ganhará autonomia e saberá fazer de dispositivos móveis e de outras tecnologias, ferramentas para o avanço do ensino e aprimoramento da aprendizagem.
    Não é fácil quando a primeira dificuldade se encontra no próprio educador... Sua insegurança e o medo de perder o controle sobre a situação o limita sem medidas. O professor precisa entender que a educação e o conhecimento são produzidos em diversos lugares.
    Benedito

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  14. São inúmeras as possibilidades pedagógicas do uso do celular em sala de aula, tais como fotos, imagens, animação, edição etc. Além dos diversos aplicativos, disponíveis no mercado, que ajudam os estudantes na vida escolar. Aos educadores fica a tarefa de descobrir os inúmeros recursos e combinar com os alunos as permissões, proibições e negociações no uso das tecnologias.
    Vejo, como educadora, que não é difícil negociar o que pode e o que não pode, quando se deve e quando não se deve usar o celular na sala de aula. Os conflitos mais comuns que surgem nas salas de aula devem-se justamente à falta de uma definição clara desses acordos e da crença em pressupostos perigosos.

    Também é importante discutir com os alunos os limites éticos e morais do uso do celular, e de outros instrumentos tecnológicos modernos. O celular é parte do cotidiano dos estudantes e ensiná-los a usá-lo com sabedoria é também parte da nossa tarefa como educadores.

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  15. Vou usar esse fórum para mais uma vez e sempre lembrar as pessoas com necessidades específicas, em meu caso de pesquisa, as com deficiência intelectual, que tanto podem ser beneficiadas pelas tecnologias.
    Considero as os dispositivos móveis de inestimável importância para as pessoas com deficiências em todos os seus processos de vida, inclusive os pedagógicos. São muitas as funcionalidade e aplicabilidades dos smartphohes e tablets, os mesmo funcionam como extesão de possibilidades. Trago o exemplo o aplicativo para tablets solução de comunicação alternativa para dispositivos móveis para crianças com distúrbios de comunicação baseada em normas de acessibilidade
    A interface do aplicativo foi baseada no conhecimento sobre o que pressupõe ter deficiência intelectual e também nos fundamentos de acessibilidade para dispositivos móveis, realizando-se uma interação com os profissionais envolvidos durante todo o processo de desenvolvimento, de modo a verificar, na prática, se os requisitos de acessibilidade propostos possuem o impacto almejado.
    O aplicativo visa contribuir na geração de soluções nacionais, apoiando o trabalho dos profissionais que atuam na Educação Especial. O software para Comunicação Aumentativa e Alternativa - CAA é essencial para o processo educativo, propiciando a inserção social, atendendo a necessidade de fazer amigos, o desenvolvimento de habilidades acadêmicas e o engajamento nos processos comunicativos familiares e da comunidade [Cook and Polgar, 2008]. Mais trabalhos como esse precisam sensibilizar pesquisadores da área para aumento da produção e minimização de custos. Meu filho agradece!!!

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